segunda-feira, 23 de março de 2009

O que é, afinal, a inteligência?

Ora, tudo começou quando eu estava a ler uma revista (a Sábado) que continha um artigo que falava das pessoas com maior QI de Portugal.
De facto, é fascinante a capacidade de resolver contas a uma velocidade incrível e elaborar um complexo raciocínio matemático em segundos. O que me tirou do sério foi abaixo da foto de um senhor, cujo QI só 0.01% da população mundial igualava (salvo erro), na sua lista de "capacidades" estava escrito, em destaque, que este senhor decorou as matriculas de 300 carros da sua terra...

bem...

hãããããã....

Qual é exactamente a utilidade disso?
Sendo QI a sigla de Quociente de Inteligência, resolvi mergulhar na minha mente e rever qual é a minha definição de inteligência.
Foi quando descobri que, de facto, arranjar uma definição simples e directa desta bela característica está só ao nível de quem a possui.

Sei, no entanto, dizer exemplos de atitudes inteligentes e ver que capacidades estão só ao nível de quem é inteligente.

Fui então consultar a definição de inteligência segundo a Wikipédia, para ter uma ideia:

"A inteligência pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar, planear, resolver problemas, abstrair ideias, compreender ideias e linguagens e aprender. "

Bem, se isto realmente é o que é inteligência, então, parece que já não vou dar tanta importância a este valor.

A vida é mais do que números.

Já assisti a tristes casos de pessoas consideradas "inteligentes" mas que o raciocínio criativo e sentido crítico eram nulos.
Essa "inteligência" que muitos falam, não passa da capacidade inútil de sermos uns "depósitos de informação".

Na minha opinião, inteligência não é apenas absorver informação e elaborar raciocínios matemáticos. Inteligência é criticar, questionar e duvidar se aquilo que nos estão a querer meter na cabeça é realmente verdade (como Einstein era quando era puto, e daí ser um zero na escola, tentava compreender mais do que aquilo que "era suposto") é ser um pensador e não um papagaio, como o actual sistema de ensino faz, não forma seres humanos pensantes, forma papagaios.

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