Como diria um certo blogueiro:
"Há programas muito bons (rarissimos), programas bons (poucos),programas razoáveis (alguns), programas maus (a maioria), programas péssimos e há... o Momento da Verdade!
É com grande pesar, meus amigos, que me dirijo a vocês, neste momento em que estou de luto, pois é oficialmente o fim da televisão como método de entretenimento.
É neste momento em que penso no que vai no cérebro de um humano comum quando se senta no sofá após um longo dia de trabalho. Eu quereria ver tudo, menos pessoas a ser humilhadas na TV.
Não entendo...
As pessoas são mesmo fúteis...
O meu conceito de entretenimento pelos vistos, está desactualizado. Desde quando entretenimento, é ver pessoas a sofrer na TV (que coitadas, tem uma mente tão vazia como um deserto)?
Para quem não conhece este "programa", passo a explicar o conceito:
Alguém com demasiado tempo livre/ falta de dinheiro, inscreve-se neste "concurso" em que o objectivo é dizer a verdade, a "apresentadora", faz perguntas de cariz pessoal, e o concorrente tem de dizer a verdade ( quando digo isto é óbvio que a produção só lembra de coisas do tipo: "já traiu a sua melher?", " já pinou com a secretária?", "já olhou para o rabo da mulher do seu melhor amigo?"), ora, o concorrente, previamente, é submetido a um teste no polígrafo ( uma máquina que, supostamente, diz se as pessoas dizem verdade ou mentira), se a sua resposta no concurso coincidir com a resposta dada pelo poligrafo, o concorrente avança um patamar, e por aí adiante até ganhar o seu dinheirinho (75.000 mocas) .
Ora bem, eis o que penso disto:
BULLSHIT!
mas vamos por partes:
Para começar, no concurso, normalmente, as respostas "certas" são sempre aquelas mais chocantes. Para melhorar a coisa, a mulher, filhos, e/ou outras pessoas chegadas estão a assistir a este espectáculo deprimente.
Mas afinal porque é que o concorrente não diz sempre a verdade, se no fim a máquina (uma bela voz feminina) diz sempre a resposta (verdade ou mentira)? No final toda gente fica a saber a resposta, independentemente de ter mentido ou não!
O concorrente pode desistir e levar o dinheirinho acumulado até à altura, portanto, não percebo...
Mas, há uma coisa ainda mais estranha:
Um poligrafo não é (nem de perto) uma máquina confiável, o que o polígrafo faz é analisar os batimentos cardíacos e/ou outros sinais de stress, supostamente, uma pessoa que esteja a mentir está mais "stressada", ora bem, parece muito bonito, mas analisemos com mais pormenor: por um lado, um mentirosos compulsivo mente com uma naturalidade tal que não mostra sinais de stress, por outro lado alguém que esteja naquele ambiente é provável que esteja constantemente "stressado", esteja a mentir ou não!
Sem entrar em pormenores técnicos, basta analisar com algum senso:
"Mas então, se a máquina fosse 100% confiável não estava a ser usada em tribunais, por exemplo?"- perguntam vocês.
Bingo! É óbvio que teria mais utilizações do que estar num programa de Tv de qualidade duvidosa.
O engraçado é que, pelos vistos, aquilo tem umas audiências jeitosas.
É o nosso povo!
É agora, meus amigos leitores,enquanto escovo o pêlo e dou banho ao meus colaboradores, que me apercebo da real capacidade cerebral de um português comum...
É nestas alturas que me orgulho de ser um "no-life" dos computadores!
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
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3 comentários:
Eles só deixam passar quem responde verdadeiramente ás perguntas escandalosas porque sabem que irá dar espétaculo.
Agreed.
Isso é alte banhada, tal como 90% da televisão portuguesa..
Só 90%?
Só 2 ou 3 programas é que se safam!
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